Estava eu a ler sobre a primeira globalização ocidental, a dos gregos, dois milénios e meio antes, quando li sobre um escrito da época, que era uma listagem sobre 'coisas que...', com alguns exemplos, que serviram de mote para este poema, a que acrescentei o 'há' de haver; chegou a ser um 'ele há', mas alguém me avisou do tom jocoso que daria ao texto, não sendo esse o seu objetivo, por isso cortei o francesismo e ficou assim: há coisas que...
há coisas que fazem correr o coração
há coisas que devem ser breves
coisas que estão perto embora estejam distantes
há coisas que parecem ser e não são
há coisas que não parecem e são
certas coisas mais vale não dizer apesar de serem obvias
há coisas que perdem ao ser pintadas
há coisas que se percebem melhor ao longe
e há coisas que são belas em qualquer parte do mundo
há nuvens e coisas de que gosto em particular
há pessoas que parecem satisfeitas consigo próprias
outras coisas causam incomodo a toda a gente
há coisas que me fazem rir a chorar
há coisas que me fazem chorar a rir
são coisas que me fazem ser uma melhor pessoa
há coisas que só se podem sentir e experimentar
há coisas que são pra definir e conhecer
é isso que temos de saber pra saber das coisas
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